
Curso Música, Copyright e Tecnologia chega à 10ª edição em um momento-chave para artistas e profissionais da indústria.
Por mais de três décadas, Guta Braga tem acompanhado de perto a transformação da indústria da música. Atuou em gravadoras, editoras, plataformas digitais e agências — de multinacionais como Sony, Universal Publishing, Warner/Chappell e Nokia, à Napster, em sua versão mobile no Brasil. Poucos nomes têm um olhar tão abrangente sobre os ciclos e rupturas que marcaram o setor desde os anos 1990.
É essa bagagem que embasa o MCT — Música, Copyright e Tecnologia, curso que chega à sua 10ª edição com uma proposta clara: formar profissionais capazes de atuar de maneira estratégica, consciente e sustentável no mercado atual, marcado por fluxos digitais, disputas de metadados e um ecossistema fragmentado de receitas.
“No novo jogo da música, quem não entende de direitos autorais e contratos vira produto. O MCT te ensina a virar player”, diz Guta.
O que é o MCT?
Idealizado e coordenado por Guta, o curso surgiu em 2020 com a missão de suprir uma lacuna clara no setor: a escassez de formação técnica e estratégica sobre os fundamentos jurídicos e econômicos que regem a música na era digital.
Desde então, o MCT formou uma grande quantidade de profissionais, incluindo artistas, empresários, produtores, estudantes e representantes de startups e plataformas. Com abordagem prática e corpo docente formado por especialistas do mercado, o curso cobre temas como:
• Direitos autorais e gestão coletiva
• Contratos fonográficos e editoriais
• Modelos de monetização no digital
• Novas tecnologias
• Estratégia de carreira e posicionamento de mercado
“A indústria da música mudou. O MCT é pra quem quer fazer parte da revolução — e não ser engolido por ela”, afirma Guta.
A 10ª edição do curso chega em um momento emblemático: a ascensão de tecnologias como inteligência artificial generativa, disputas por uso de obras em plataformas de streaming e a proliferação de novos formatos de contrato e licenciamento. A proposta do MCT é oferecer uma interpretação crítica e caminhos possíveis para atuação prática.
De acordo com Guta, o diferencial está na combinação de três pilares: conteúdo especializado, acesso direto a profissionais atuantes e uma visão estratégica voltada à autonomia e sustentabilidade de carreira. Como define a diretora, “o MCT entrega o que a indústria da música não ensina”.
Perfil dos participantes
A formação atrai um público diverso: de jovens artistas independentes tentando entender o básico de contratos, a empresários e executivos buscando atualização sobre modelos de negócio. Também vêm de empresas que precisam compreender o funcionamento do copyright para atuar de forma segura — especialmente startups de tecnologia que tocam música, licenciam obras ou criam soluções para o setor.
“Artista, empresário, produtora ou estudante: o MCT é o curso que te coloca no controle da sua carreira”, diz Guta, sintetizando o espírito da proposta.
Formação como política de mercado
O MCT trabalha alinhado a uma tendência internacional: a profissionalização crescente da cadeia produtiva da música, num ambiente cada vez mais regulado e competitivo. Iniciativas como esta não apenas preparam profissionais, mas também colaboram para um ecossistema mais saudável — onde direitos são respeitados, acordos são claros e a sustentabilidade deixa de ser exceção para virar regra.