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Reflexões de um mercado

Opiniões sobre o mercado hoje e o que podemos fazer para melhorar nosso negócio

-O que aconteceu? Não tanto tempo atrás eu tinha a melhor loja do mercado!
-O que houve? Não tanto tempo atrás eu tinha a maior distribuidora do mercado!
-Poxa! E eu, que não encontro um bom vendedor para acabar com o meu estoque?!
-E as margens de lucro? Sumiram!
-Amigos! O que faremos?

Não. Não estou falando do mercado de instrumentos, nem do segmento de autopeças ou coisa que o valha. Estou simplesmente repetindo o Brasil desses últimos três anos.

É incrível como se nota um conformismo nunca antes visto em todos os setores do comércio. Claro! É mais interessante contratar uma mão de obra barata, pois aí as margens, já pequenas, pelo menos se mantêm. E que se dane a economia de escala! “Afinal, eu sempre fui o maior e o melhor naquilo que faço.”

E é também mais interessante observar que o “arroz e feijão” possuem margens pequeninas, pequeninas, mas vendem. Já novos caminhos, ou a diversificação, ou ainda a procura por mudanças nas estratégias e na estrutura comercial não vão trazer nem adicionar nada.

“Já sei! Que tal vender no Mercado Livre ou na Amazon?” Sim! Boa! E vamos alimentar esse mercado somente com todos os produtos da nossa curva A. Dessa maneira eles ficam sabendo quais são os produtos mais vendidos e podem também ser nossos concorrentes amanhã! Sensacional! Fora os concorrentes ilegais e legais que importam e vendem direto — propaganda grátis!

“Ora! Mas se não tivermos um sistema de venda on-line, como faremos?”

E que tal investir?

O País está melhorando, não? Mas e a sua estrutura? Está preparada para isso? Sua loja acompanha as tendências globais? Nas feiras de negócios estrangeiras podemos ver todos os lançamentos, as tendências do mercado (não dá para tirar fotos destas) e para onde ele aponta. A última NAMM foi um tremendo sucesso e o mercado global parece aquecido.

“Que se danem as tendências! O que importa é negociar meus compromissos sendo contido, tímido… Ops, melhor dizendo, conservador, mais seguro. Afinal, ninguém sabe o que vai acontecer neste ano de eleição.”

Que tal investir?

“Investir no quê? Seu doido! Para perder ainda mais?”

Sim, de fato a maré tem um exemplo interessante a ser observado. Baixa ou alta, ela sempre está lá. Os tempos mudaram, mas o ser humano (eu incluso) parece ter “emburrecido”.

Para que investir na qualificação de mão de obra se esta nunca terá o devido reconhecimento financeiro? Já que tradicionalmente (adoro essa palavra, que serve só para algumas coisas) os vendedores do nosso segmento de fato não são vendedores e sim “estão” vendedores. Por que remunerá-los bem? A quem interessa capacitar se isso significa “aumentar o custo”? A quem interessa investir se o desânimo é geral? Poucos são os visionários que enxergam no trabalho a maneira mais inteligente de perseverar. A resiliência do nosso segmento é espantosa! No mau sentido. Espanta ver que ainda somos “um por mim e todos por mim”.

Escolher mudar

“E quem queremos eleger? Ah! Essa é fácil, coloca o Lula ou o Bolsonaro! Mas o que vier tá bom…”

Não! Não está bom! Nem vai ficar! Sped social, Sped fiscal e continuamos achando que algo vai mudar na política. Nem com Jesus descendo em uma astronave!

O princípio da mudança é de dentro para fora. Mudar é entender que as coisas não serão como antes (por isso mudar). Reter verdadeiros valores significa compilar casos de sucesso e não é uma despesa ou um “gasto”. Investir na verticalização de seu negócio com um estoque do tamanho de um elefante não é o caminho mais apropriado. Acabar com a tradição (lá vai essa palavra de novo) de fazer das compras um passeio gostoso não enxergo como proveitoso ao mercado. Assim como sentar a uma mesa todo dia, cobrando de seus vendedores a venda desqualificada e apenas rotineira, sem transformar seu estabelecimento em um local onde se tenha uma “experiência”; pior, esperar que a cadeia de suprimento faça isso por você também não vai aumentar seus lucros nem sua rentabilidade.

Visualizar o negócio como uma maneira de multiplicar patrimônio, explorar fronteiras econômicas com segurança não requer muito. Requer afinco, seriedade, compromisso, boa equipe, estrutura magra mas eficiente, logística acelerada, outsourcing administrativo/financeiro, se for o caso.

O maior diferencial é o valor que damos a cada “parte” da empresa no sentido de obter máximo desempenho, e este valor atribuído a cada departamento permite realizar melhores negócios e fomentar parcerias em todas as frentes, desde a compra até o recebimento. Explorar a diversidade tributária e vantagens coletivas obtidas por meio de associações ou cooperativas também é de suma importância para o caminho de sucesso.

Não tenha medo de uma consultoria! Talvez a equipe consultora e gestora de seu projeto enxergue situações e oportunidades para melhorar a performance de seu negócio. Como, por exemplo: rateio de sistema ERP ou CRM, terceirização do departamento financeiro. E com a economia obtida nessas ações, que tal focar aquilo que é o propósito do seu negócio: vender? Que tal contratar uma mão de obra mais eficiente? Um gestor mais capacitado ou treinar sua atual equipe possibilitando cursos, pós-graduações e ensino para eles? Entre em contato comigo se desejar mais informações a respeito disso. E que tal soa “investir” agora? Tradicional?

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