Santo Angelo e Di Giorgio estão paradas por greve promovida pelo Sindbrinq. Sindicato reivinidica revisão de benefícios para os funcionários do setor
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Instrumentos Musicais e de Brinquedos do Estado de SP, Sindbrinq-SP, deflagrou greve na fábrica da Santo Angelo na última quinta-feira, 4 de agosto. E nesta segunda-feira, 8 de agosto, a fabricante de violões Di Giorgio também foi paralisada. Todos os 110 funcionários da Santo Angelo e os 80 da Di Giorgio aderiram ao movimento grevista.
Entre as reivindicações da entidade de classe, visando todos os trabalhadores do setor, estão o aumento do piso salarial para R$ 814; o acréscimo na participação nos lucros para R$ 2 mil, e ainda reformulações nas políticas de pagamento de hora-extra, adicional noturno e nos bancos de horas dos funcionários do setor.
Segundo Marcelo Segatti, presidente do Sindicato das Indústrias de Instrumentos Musicais do Estado de São Paulo, Sindimúsica, as empresas querem chegar a um acordo, mas o Sindbrinq não se demonstrou aberto a negociações. “A convenção coletiva do setor de instrumentos musicais foi feita em 1980. Queremos atualizar os valores de salários e dissídios. Estamos oferecendo piso de R$ 830, por exemplo, mas precisamos negociar alguns pontos com o Sindibrinq”, ressalta Segatti.
Uma das principais discordâncias entre os dois sindicatos se dá em torno do convênio médico. Atualmente, as empresas pagam 95% do auxílio-saúde de cada dependente dos funcionários, mas querem alterar esse valor para 50%, de acordo com o Sindimúsica, tendo assim condições de atender às outras reivindicações do Sindibrinq; negociação rechaçada pela presidente do Sindbrinq, Maria Auxiliadora: “Eles querem tirar várias conquistas que nós conseguimos há 15 anos. Não vamos aceitar isso”.
Na próxima terça-feira, dia 9, haverá um julgamento de conciliação no Ministério do Trabalho. Até lá, a Santo Angelo e Di Giorgio continuarão em greve.