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Opiniões cruzadas na Musikmesse e Prolight+sound 2016

As várias mudanças realizadas para as edições deste ano foram percebidas nos pavilhões de ambas as feiras. Modelo de sucesso ou uma prova para mais transformações?

A mudança mais evidente foi a de datas, pois a Prolight+sound foi realizada de 5 a 8 de abril — dois dias para profissionais e dois para público geral — e a Musikmesse, de 7 a 10 de abril — os quatro dias abertos tanto para profissionais quanto para o público —, coincidindo somente em dois dias. Isso foi notado principalmente durante os dois primeiros dias nos halls das empresas de áudio na Prolight+sound, onde a afluência de visitantes foi visivelmente menor, sendo que os músicos que visitam a Musikmesse sempre dão uma voltinha pelo setor de áudio pro. Por outro lado, os halls com as marcas de iluminação se mostraram altamente ocupados, como vem acontecendo em cada edição da Prolight+sound.

Vários expositores de áudio mostraram seu descontentamento com a separação de dias e alguns destacaram a necessidade de ter um estande para cada feira, para poder apresentar suas linhas de produtos a cada setor de visitantes, o que demandou o dobro de investimento em espaço de exposição, transporte, pessoal para atendimento e mais dias de trabalho e hospedagem.

Outra preocupação, desta vez entre os expositores da Musikmesse, foi misturar durante os quatro dias a visita dos lojistas e distribuidores com o público geral, pois enquanto estavam em reuniões comerciais importantes, o estande ficava lotado de pessoas querendo tocar, testar e fazer perguntas, interrompendo os negócios.

Parece que os visitantes e as empresas presentes em ambas as feiras não entendem que estão perdendo uma plataforma de exportação na Europa e isso, de um modo ou outro, é perigoso. Ter um lugar, um centro, um ponto de referência que lidere o lançamento de produtos — seja para o mercado interno ou externo — é muito sério e importante.

Na Musikmesse, também foi sentida a falta de grandes marcas — como Fender, Gibson e Marshall — expondo diretamente. “Apesar do fato de algumas companhias quererem ver o novo conceito em operação antes de se comprometer, estamos felizes em dar as boas-vindas a mais expositores dos que esperávamos nessa fase”, destacou Detlef Braun, membro do Conselho de Administração da Messe Frankfurt GmbH.

Mas nem tudo foi negativo. Mesmo com tantas mudanças, cabe destacar a quantidade de empresas presentes e os novos espaços para gerar negócios e curtir mais atividades por parte dos visitantes. Prova disso foi o novo Hall 11.1 contendo a seção “Business meets Business”, com uma atmosfera tranquila e mais relaxada para a realização de reuniões e acordos, longe de alguns ruidosos pavilhões.

Entre os objetivos deste ano para a Musikmesse, os organizadores projetaram dar mais oportunidades aos expositores para fechar negócios, fazer que a venda varejista se adapte às mudanças atuais e futuras com a Business Academy, focar na forma de comprar do futuro, fazer contatos mais intensos com os consumidores, despertar o interesse em tocar instrumentos e promover a música entre os jovens.

Segundo dados dos organizadores da Messe Frankfurt, na Prolight+sound cerca de 940 expositores participaram em 85.000 m2 (no setor leste do centro de convenções), crescendo 16% em comparação com o ano anterior. Já a Musikmesse teve 1.103 expositores, distribuídos pelos 82.000 m2 da seção oeste do Frankfurt Fair and Exhibition Centre, outra mudança importante na distribuição dos halls a que estávamos acostumados.

Fontes revelaram que os organizadores já estariam pensando em fazer com que os dias coincidentes de ambas as feiras sejam três para o próximo ano. Teremos de aguardar para ver como a Messe adapta seu modelo para seguir crescendo e voltar a ganhar sua posição de número 1.

A próxima edição será realizada no começo de abril de 2017, em dias a ser definidos.

Veja aqui a nossa foto-galeria.

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