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FSA faz aniversário e cresce no mercado exterior

Nascida da paixão pelo instrumento musical de origem afro-peruana e da confecção artesanal, a FSA Cajons comemora sua primeira década na indústria presente em cada vez mais países.

Victor MesseA FSA Cajons surgiu em 2008, fundada por Victor Menezes, atual diretor da empresa. Com produção própria em Araçatuba, SP, a FSA desenvolve produtos com design moderno e projeto acústico exclusivo, oferecendo opções desde cajons e acessórios até o inovador Tajon.

Atualmente o Tajon conta com três versões: o modelo Tajon Standard é aquele que deu forma e nome ao instrumento, unificando a versatilidade do cajon e as possibilidades sonoras de uma bateria, com A 67 x L 53 x P 40 cm, pesando 11 kg e acompanhando peles de 8”, 10” e 14” no mesmo instrumento.

A partir dele, contando com sua estrutura e tecnologia, surgiram dois modelos: o Tajon Master, com acabamento laqueado e tendo como principal diferencial a utilização de peles da empresa norte-americana Evans Drumheads, e o Tajon Flip, que possui uma parte escamoteável, para deixar o instrumento mais confortável em apresentações, podendo ser utilizado com duas sonoridades de pele — uma com o Tajon fechado e outra com ele aberto.

Em 2018, a empresa comemora seu 10º aniversário e planeja lançar dez novos produtos ao longo do ano e organizar dez workshops com endorsers renomados.

A ação começou durante a feira Musikmesse, na Alemanha, onde lançaram o novo cajon Touch Magnetic. “É o quinto ano que a gente participa da expo e tivemos a visita de vários distribuidores”, contou Victor.

O Magnetic Cajon é o novo modelo da série Touch. Este cajon tem um ímã de neodímio na pele e, conforme ele é puxado para o meio da pele, vai secando o grave, por exemplo. “É muito legal porque é um modelo que ainda não tinha no mercado, ninguém fez até hoje.”

Cajons lá fora

Pois é, você leu bem: distribuidores. Os cajons da FSA já estão presentes em vários países do mundo.

Em julho de 2017, a empresa fechou uma parceria com o Grupo Algam, um grande distribuidor de instrumentos musicais e equipamentos de áudio profissional na Europa, disponibilizando os cajons também em lojas da Espanha, Portugal, Alemanha, França, Bélgica, Holanda e Luxemburgo.

A empresa ainda está presente nos Estados Unidos com a MLCF.

“O acordo de distribuição com o Grupo Algam reafirma o comprometimento da FSA Cajons com sua produção”, comentou o diretor. “Mas toda empresa tem de considerar vários fatores ao trabalhar com o mercado internacional. Primeiro, você tem que aprender novas culturas, uma nova forma de negociar, porque cada país tem diferentes ideologias e modos de fazer negócios.”

Além da Europa, o Grupo Algam iniciou seus trabalhos em mais um mercado promissor com o lançamento da Algam China. A Ásia é mais um território interessante para a FSA e a empresa já está negociando para fechar distribuição na China no próximo semestre.

Todos os modelos do portfólio da FSA Cajons são encontrados nas lojas europeias. “São os mesmos produtos, com qualidade idêntica. Não estamos diferenciando a produção, afinal, valorizamos o mercado nacional e pretendemos que os músicos europeus possam ter a mesma experiência sonora que os cajoneros da América Latina”, disse Victor.

Para poder atender o mercado nacional e o comércio exterior, a empresa ampliou a linha de produção em sua fábrica. “Chegar a esse ponto na exportação é maravilhoso. Pensamos nisso, lutamos para conseguir, mas nunca imaginei que iria vender para uma empresa de exportação e que o produto seria tão bem-aceito”, afirmou.

Fácil de tocar

Outras novidadesFalando do cajon, Victor explicou que é um produto que muitas vezes inicializa a pessoa na música. A empresa fez uma pesquisa há alguns anos para conhecer o mercado e uma das perguntas foi: “De onde você conheceu o cajon?”. A pesquisa teve muito envolvimento do público consumidor final e a FSA descobriu vários fatos interessantes.

“Uma coisa que chamou a atenção foi que muitas pessoas comentaram o seguinte: ‘Eu nunca toquei nenhum instrumento musical, nunca fui músico, mas fui à igreja e vi uma pessoa tocando cajon e achei legal, achei que era fácil. Comprei um e hoje eu também toco cajon na igreja’. Ou o cara viu em um barzinho e hoje também toca lá ou com amigos. Então o cajon é um instrumento que engloba todos os ritmos em nível mundial, um instrumento que se adapta ao rock, ao pop, ao flamenco, ao samba. Essa versatilidade em qualquer tipo de ritmo acaba introduzindo a pessoa à música. É como o pandeiro, um instrumento facílimo de tocar também, mas esse é mais focado no samba. Tem muita iniciação de pessoas na música por meio do cajon. É muito legal porque estamos trazendo as pessoas para o universo musical”, enfatizou o diretor.

Pode ser um instrumento fácil de tocar, mas a qualidade sempre tem de estar presente. Esse é outro ponto destacado para a FSA. “Um bom cajon é um cajon que tem alguns critérios de construção. Tem que ser resistente; tem que seguir alguns critérios de tratamento de madeira, porque ela não pode ficar nem muito seca, nem muito úmida. Tem todo um processo com a madeira que tem que ser feito para se obter uma qualidade de som boa. O acabamento também é algo com que a gente se preocupa bastante e começamos a mudar, pois já não é só de madeira. Nesse aspecto, começamos a trazer designs novos para o cajon, artes diferentes, séries diferentes, e isso atrai as pessoas. Com isso você pode ir trazendo a identidade da pessoa para o instrumento dela”, explicou.

Mais novidades na Music Show

A FSA Cajons vai participar da Music Show, de 13 a 16 de setembro, em São Paulo, onde fará um lançamento bem significativo. Será que haverá uma cajonada multitudinária?

“Estamos muito empolgados com a feira. Acredito que será um sucesso porque vai atrair muitos consumidores finais, e essa interação entre o consumidor e o fabricante é ótima. Não se trata só de negócios. Convidamos todo mundo para nos visitar e ver de perto as novidades!”, concluiu Victor.

 

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