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E agora, José? 

De certa maneira, nenhum país se encontra longe ou 100% protegido contra uma crise. Estas acontecem até nos países mais desenvolvidos

A maior diferença entre países está na forma como se preparam para momentos ruins. Obviamente que ainda estamos sob um momento complicado aqui no Brasil. A Argentina ainda está encontrando seu caminho, o Chile começa a ajustar os parâmetros inflados pela loucura consumista dos vizinhos que se aquieta conforme as crises chegam. Venezuela… bom, a Venezuela precisa muito de nossas orações, pois é um povo que merece o melhor.

Captura de pantalla 2016-08-07 a las 11.50.38Voltando ao assunto, tomando como exemplo o que ocorreu e vem ocorrendo no Brasil, lembre-se de que é importante o período de bonança para realizar os ajustes ou a “poupança” de ideias pré-crise.

Partindo do princípio de que nada foi feito e agora seu estabelecimento se encontra em momentos complicados, o improviso não pode fazer parte de sua rotina de ações. Estamos em busca de alvos precisos. Não se pode errar. Que tal iniciar pelo mais óbvio? Melhorar o mix de produtos? Mas como fazer isso? Tenho tanta coisa em estoque?

Atenção ao estoque

Pois bem, venda as coisas antigas considerando seu preço de reposição ou troca. Estoque é como o óleo do carro, você tem que trocá-lo a cada tanto se não funde o motor. E aí cabe a pergunta: se você sabe que o óleo do seu carro está velho, você acelera feito doido?

É justamente aí que você economiza, pega mais leve, percorre menores distâncias, correto? E por que em seu negócio tem de ser diferente? Comece por avaliar a condição do seu “motor”. Seu estoque é o mais importante para colocá-lo em uma posição favorável ou não diante de um momento complicado. Analise cada parte de seu estoque e divida-o em três partes fundamentais. O que eu posso vender hoje facilmente, o que vende devagar e o que não tem vendido. Pegue este último e faça qualquer coisa para vender. Livre-se literalmente disso. Faça uma megapromoção. Não se apegue. Estoque não é filho. Com o dinheiro dessa venda, trace um estudo dentro de sua curva A de vendas em que ele pode ser investido para diminuir o tempo médio de estoque.

O.k., e quanto ao mix? Sua loja possui itens para seu público-alvo? Sim? Mantenha assim! Não? Então é melhor começar a investir nele. Descubra qual o produto que seu público-alvo tem procurado. Hora de recorrer aos cadernos de cada vendedor. Invista exatamente ali! Se são produtos de marca que dão mais medo de investir por serem mais caros, paciência. É seu público-alvo! Trate-o bem e a recompensa virá.

Câmbio a favor ou não

E nisso tudo? Qual a razão de não ter isso em seu estoque? Como deixou isso passar despercebido? Agora sua preocupação deve ser com competitividade. Em ambientes de alta defasagem no câmbio, produtos importados tendem a custar mais enquanto que produtos nacionais custam a mesma coisa. Mas se o produto nacional depende de insumos importados, ele também tende a subir e ficar mais caro.

Que tal comprar melhor? Muitos fornecedores estão com estoques antigos, ainda valorados com câmbio menor, e oferecem produtos de marcas renomadas por preços atraentes. E são itens que chamam a atenção de seu consumidor, pois se apresentam como oportunidades. Que tal ter em sua vitrine uma bateria de renome global por um preço de “nacional”? Será que não é a hora de dar um upgrade em seu mix visando a fatia de mercado que não foi mais afetada e que gasta para melhorar ou simplesmente compra por compulsão? Trabalhe mais com os fornecedores. Seja claro naquilo que busca para fazer essa troca de estoque. Mas apresse-se. As boas ofertas acabam logo e enquanto você decidir ficar parado à espera das “oportunidades”, vai se encontrar sem competitividade e sem força de negociação no futuro.

Escolha mais, melhor, ouça, decida e foque. É por aí que a crise passa reto por sua loja e a dinâmica de giro passa a ser positiva. Boas vendas!

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